5G, a revolução que é muito mais do que internet móvel mais rápida
Se prepare, pois em poucos anos, se já entendíamos que a internet é algo essencial, logo ela será quase parte de nós. Tudo originando dessa nova tecnologia. Não será algo da noite para o dia, mas pela lógica, será realidade muito mais rápido do que as últimas ondas tecnológicas.
Já estamos próximos da implementação prática do 5G, empresas como a Claro, já inclusive começou a oferecer conexões com esta tecnologia em algumas regiões do país.
Apesar disso e das várias publicações saindo até em noticiários, o volume de pessoas que não sabem do que se trata realmente ainda é muito grande. Isso não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Os resultados com esta nova tecnologia serão muito mais expressivos que os que tivemos com tecnologias anteriores. Negócios novos e inéditos serão gerados. A vida em sociedade em último grau será muito impactada. Vamos ver muita mudança.
Mas e ai ? Vamos começar do início. O que é 5G. Porque se trata de algo que pode trazer tanta revolução ?
Desta vez não se trata simplesmente de uma questão de velocidade de conexão apenas. Mas há muito mais.
Antes de falarmos, vamos entender as tecnologias anteriores:
2G foi o marco inicial da internet móvel, pois apesar de já terem sido usadas tecnologias mais simples, a eficiência aceitável começou ai. Nesta fase, smartphones puderam enviar e receber e-mails, bem como enviar mensagenvios SMS. Era possível a navegação em sites, mas de forma ainda muito simples.
Com o 3G, a navegação por sites já era mais fácil e os sites mobiles já eram mais sofisticados e funcionais, além disso neste momento passou a ser possível o envio de fotos e vídeos.
O 4G que chegou em 2010 e é o padrão até hoje, apesar de muitos lugares do Brasil não pegar o sistema 4G de forma eficiente, foi possível fazer transmissões on-line, como ouvir música, assistir vídeos por demanda.
O 5G que já começou a chegar neste ano de 2020, veremos um ganho substancial em velocidade. Estamos falando de conexões até 20 vezes mais rápidas. Porém neste caso estamos falando de revolução, porque não é somente a velocidade de conexão, mas sim outros pontos importantes como por exemplo o número de dispositivos ligados ao mesmo tempo em uma determinada região. Falamos de pelo menos uma capacidade dez vezes maior. É o que chamaríamos de uma banda bem mais larga.
Esta combinação permitirá a implementação de projetos muito mais arrojados, como finalmente a popularização da chamada “Internet das Coisas”, onde todo tipo de dispositivo pode se conectar a internet e realizar alguma função, como por exemplo uma casa totalmente conectada, onde a geladeira “sabe” o que está em falta e de acordo com a programação já realiza os pedidos ao supermercado mais próximo, ou por exemplo um sistema de alarme inteligente que simula a presença dos moradores, ou ainda drones automáticos que levam pacotes diretamente a casa dos clientes, sensores que monitoram pacientes de um médico, sistemas mais avançados de realidade virtual e uma infinidade de outras possibilidades.
As possibilidades são tantas que com certeza serão criados tipos de empregos que não existiam antes.
O mundo está caminhando para a hiperconexão.
Mas para explicar melhor como será possível tamanho nível de conexão. Primeiro a meta de velocidade pedida pela ITU (International Telecomunication Union), que é uma agência da ONU para as telecomunicações. É indicada uma velocidade de no mínimo 20 Gigabits por segundo de download e 10 Gigabits por segundo para o upload. Esta banda gigantesca será dividida entre os usuários conectados no momento em certa região e obter em áreas altamente povoadas o desempenho de 100Mbps no download e 50 no upload. É muito mais que o 4G que tem desempenho de 5-12 Mbps no download e 2-5 Mbps no upload.
O segredo está na faixa de frequência que o sistema opera, que é em torno de 3,5Ghz, que é chamada de ondas milimétricas, possibilitando um transporte absurdo de dados em altas velocidades. A parte chata é que por ser um tipo de onda que é facilmente bloqueada por obstáculos físicos como prédios, paredes, deverá haver um investimento muito maior por parte das operadoras para a instalação de mini-antenas. No entanto por causa disso, conexões domésticas Wi-Fi, poderão ser substituídas pelas conexões 5G.
Nesta visão, seu smartphone, seu laptop, sua geladeira, sua televisão, seu carro, seu calçado, etc, etc, etc, poderão estar conectado a rede 5G. A estimativa é que este sistema possa suportar algo em torno de um milhão de dispositivos diversos conectados ao mesmo tempo em cada quilômetro quadrado.
A cidade de São Paulo, segundo o IBGE em 2011 tinha uma densidade demográfica de 7387 habitantes por quilômetro quadrado, é como se disséssemos que para cada habitante da cidade de São Paulo, possam haver 135 dispositivos conectados à rede 5G.
Segundo estudo realizado pela Ericsson durante o Mobile World Congress de 2017, podemos esperar a criação de um mercado de 1,2 trilhões de dólares para os próximos 10 anos.
Graças às suas características técnicas, o 5G será aplicável aos campos mais distintos, indo além das funções de chamada, navegação na web ou realidade virtual; será relacionado ao mundo da IoT e, consequentemente, atraindo o interesse de muitas empresas. Será um impacto não apenas tecnológico, mas também e sobretudo econômico, tanto que se espera, segundo um estudo da Ericsson no Mobile World Congress 2017, criar um mercado de, pelo menos, 1200 bilhões de dólares nos próximos dez anos.
A longo prazo deveremos ter uma sociedade sendo impactada positivamente, dando acesso mais eficiente por exemplo a educação e saúde para as pessoas. Processos ainda burocráticos, deverão ser muito simplificados, a interação entre as pessoas, muito ampliadas.
Muita coisa ao longo da implantação deste novo sistema deverá ser melhorada. Comércio, saúde, educação, serviços, governo, transporte, e muito mais se beneficiará.
E ai ? Preparado para esta nova fase das telecomunicações ?